Chorando a morte e celebrando a vida...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Chorando a morte e celebrando a vida...

  Essa não é primeira que essa frase martela na minha mente e descreve meus dias. Hoje em dia não dá para ter um contato indiferente com a morte, ela sempre segue nossa vida e um dia toma o lugar dela. Esta na televisão, na esquina e é simplesmente algo inevitável e impossível de ignorar. Você já deve ter chorado a perda de alguém e provavelmente alguém chorará a sua. Geralmente tento escrever de forma impessoal  mas hoje eu abro uma pequena exceção.
  Eu gostaria que você olhasse mais o redor, não é de hoje que escrevo isso e repito quantas vezes for necessária se isso fizer com que você pegue seu telefone e ligue para os seus amados e demonstre como ama e se importa com as pessoas porque se algo acontecer não há arrependimento que melhore ou que mude isso só as atitudes que toma agora podem mudar.
   Há um tempo olho como estamos sempre correndo e como eu sinto saudade de um monte de pessoas na minha vida, e simplesmente não tenho tempo de incluí-las e a pergunta sempre é: Se algo acontecer, vou estar satisfeita? Estou feliz? Estou fazendo o que eu quero? Não precisei de uma situação traumática para refletir sobre isso, mas os acontecimentos dos últimos tempos me deram uma dose extra de tapa na cara.
  Eu trocaria todos as minhas tortuguitas para demonstrar para alguém o quanto eu me importo com ela e sendo bem sincera, gosto e sinto falta facilmente das pessoas. Vivemos momentos bacanas e eu já sinto carinho por você. Eu gosto de elogiá-los e de ser carinhosa e ignoro caso alguém distorça isso. Gosto de sorrir e ser companheira em vários momentos. Não sei que opinião tem a respeito de mim, e que face minha você viu  mas acredite sempre há tempo para mudar de idéia, e isso é no bom e no mal sentido, mas eu espero que seja só no mal. Me observe de novo e exercite olhar realmente para todas as pessoas.
  Há muitos arrependimentos nessa vida mas de vez em quando deparamos com atitudes extraordinárias que beiram ao milagre. Sabe aquele juramento de quando casamos que diz na saúde e na doença até que a morte nos separe? Conheço uma mulher maravilhosa que seguiu a fio isso tudo. Deve fazer uns 14 anos que a minha avó cuida do meu avô, e além de chorar a morte dele, choro em dobro por ela que cuidou dele todos esses anos em que ele foi desmoronando. Minha prima disse que ela era frequentemente elogiada pela SAMU pelo bom estado que ela conseguia deixá-lo, apesar de toda a doença ela o cuidava como um bebê. Imagine o que é depois de toda essa dedicação saber que ficará sem ele. É arrasador o sofrimento dela e como ela esta triste por nunca mais vê-lo, por não ter mais ele .
    É inevitável sofrer os momentos tristes mas eu gosto de lembrar também dos bons, e tenho, um em especial sobre o meu avô. Faz um tempo que ele frequentemente não lembra das pessoas , fala gracinhas, é até agressivo e blá mas a minha lembrança é da ultima vez que eu o vi, foi dele colocando a mão no meu rosto e quando perguntado se sabia quem eu era, ele confirmou que eu era a sua neta, e que ele lembravade mim, e você não sabe como sou feliz por ter essa lembrança.
  Não é de hoje que acho que minha vida desanda antes da entrega de algum projeto, mas dessa vez as proporções foram muito mais intensas. Ano passado eu fui atropelada entre outros infortúnios anteriores, nesse ano eu sofri um acidente de carro quando voltávamos de niterói por causa do velório do meu Avô. Eu ainda não acredito que a gente bateu, não acredito no desespero, na ambulância, parece tudo um pouco surreal. O que eu mais lembro é do desespero da minha irmã, e eu lamento muitíssimo toda dor que ela sentiu vendo a mim e a minha mãe levadas pela ambulância, e se encontrar sozinha no meio de todo aquele caos. Consegue imaginar o que é isso? Ela pensou que não me veria de pé tão cedo. Eu simplesmente caí de dor e fui levada.
  Nós aqui em casa ao contrário de muitos aprendemos a dirigir na auto escola então muitos dos nosso valores estão coerentes com as aulas. Eu raramente ando no banco de traz mas por uma infinidade de pequenos detalhes estúpidos eu estava justamente lá e sem o cinto. Apesar disso meus ferimentos felizmente não foram tão graves mas estou com uma fissura na costela e meus joelhos doem muito o que me deixa arrasada porque eu não posso treinar ou dançar. 
   Sinto medo pelas consequências disso na minha vida mas não tem como não estar grata por todas estarmos vivas e apesar dos danos e lesões não passou de um susto. E é aqui que eu te digo o porque de celebrar a vida. Não me considero de hoje uma sobrevivente. Acho que todos os dias que conseguimos voltar para casa, sobrevivemos a mais um dia. Então sempre sou grata.
   Não espere a vida te tirar do seu eixo para você acordar, ela as vezes não te devolve e sempre pode ser tarde demais então comece tudo hoje. Faça o que gosta de fazer e esteja com quem quer estar. Não perca seu tempo com algo que você facilmente se fosse seu ultimo dia da sua vida acharia uma estupidez e uma perda de tempo. Faça como aquele comercial ou como a frase que já ouviu várias vezes. Viva um dia como se fosse o ultimo! CARPE DIEM!