segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mulher ilusão

Quantas mulheres constituem o meu ser?
Com quantas mascaras te iludo e te vendo o que me fizer bem
Sempre cultivei um cuidado profundo com meus pecados viciosos
Os exalto, os vendo, e nos meus beijos se fazem venenosos
Então vi você, o vislumbre de algo que me comovia
E assim despertei um instinto de protege-lo de mim
Com o passar do tempo fiquei perplexa  ao ver como ao tentar te proteger
Eu te entregava a mim mesma
Alegre eu fiquei ao perceber como essa entrega me era desejada
Como acolhida me sentia, e a você eu confiava meu rosto sem mascaras
E assim fui descobrindo em mim uma mulher sem ilusões que eu seus braços ganhava vida
Mas aos poucos essas mulheres em mim começaram a perceber como estavam iludidas
Ao seu redor perceberam como o chão se esvaia
Foi uma ilusão, pensei
Como passou despercebida?
Com tanto medo de magoar entreguei todo o amor que eu continha
Voltei para nossa casa e pensei
Para aonde foi toda a mobília?
Casa construída calcada em solo ilusão
Que ao olhar em volta pensei, como pude ser tão desprevenida?
Minhas mascaras juntei, depois de tanto tempo despida
Solução que restou, para tantas mulheres em mim iludidas
Coloquei minha roupa, pensei
Na entrega que você continha
Em seus olhos achei a venda não recebida
Circulo vicioso de ilusões intactas
Depois de tanto me entregar não percebe nada
Ao me ver assim nua, sem te vender ilusões
Meu amor confundiu-se a cliente que não as queria
A mulher que pensei que podia ser tão nítida
Perdida esta nas ilusões que ela conquista
Exulte e ressuscite os pecados que vendia
E o fatal amor que ela não possuía
Me questiono como pude ser vendedora tão passiva
No final das contas iludi as varias mulheres que eu continha
Visto meu corpo de ilusões, e meu rosto com a mascara protegida
Exulto meus beijos e esse meu amor que você não detinha

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